Neste ano que se finda, ecoou um lamento quase uníssono: “À meia-noite, enfim, um suspiro de alívio”. Um sentimento compartilhado, não é mesmo?
Como se estivéssemos à deriva, em piloto automático, observando os anos, o tempo, e a própria vida escorrerem entre os dedos. Perdemos o controle, tal qual um veículo desgovernado em direção a um destino incerto...
A
sensação de perder o domínio é inquietante, mesmo quando a perda se instala
silenciosamente. Os dias se esvaem e o tempo, esse eterno algoz, parece nos
engolir sem piedade.
Quantos
sonhos floresceram em teu jardim este ano? Fazemos planos grandiosos para o
futuro, mas nos sentimos tão derrotados no presente que, por vezes,
negligenciamos as conquistas alcançadas. Ah, os sonhos... Tenho tantos, mas
concretizo tão poucos. Nascida no Brasil, sem berço de ouro, essa é a dura
realidade. Contudo, sigo sonhando, ainda que em 2024, ano tão árduo, tenha me
esquecido de sonhar. Nesta última madrugada do ano, percebo a lacuna: não
sonhei com o ano que se aproxima. Essa tristeza agora me assola, pois os sonhos são o
combustível da nossa jornada. Mas decido, agora mesmo, reacender a chama.
Façamos
um pacto: sonhemos com a vida, com o tempo e com os anos que virão. Sejam eles
benevolentes ou desafiadores, eles chegarão. E devemos celebrar a simples
oportunidade de testemunhar sua chegada. A você que lê estas palavras, estendo
um convite: venha sonhar. Talvez concretize, talvez não. Mas sonhe com a mais
profunda intensidade.
Transforme
sua vida em um fértil canteiro de sonhos. Plante-os com esmero, regue-os com
dedicação e celebre o brotar de cada um. Alegre-se com seu crescimento e
compartilhe os frutos generosos, pois sonhos não foram feitos para serem
contemplados em solidão. Que 2025 seja um jardim exuberante, repleto de mudas
de sonhos, e que cada um de nós colha os frutos saborosos da realização.
Que venha 2025, um feliz 2025!
Alene Barboza Risse.
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